O transporte rodoviário de cargas perigosas, ou cargas IMO, requer diversos tipos procedimentos, documentais e de segurança, para que seja executado de maneira adequada.
Exigências na hora de fazer o transporte rodoviário de cargas perigosas
Dessa forma, no artigo de hoje vamos discorrer sobre os principais aspectos e exigências previstos na legislação que rege o transporte rodoviário de cargas perigosas.
Motoristas:
Seja no transporte de containers ou cargas soltas, o condutor do veículo que estará transportando as substâncias perigosas necessita, obrigatoriamente, estar portando kit de segurança, ser capacitados, tendo o curso MOPP, e possuir uma documentação, a qual deverá ser levada durante a viagem, que comprovará que o mesmo está apto a fazer esse tipo de transporte.
Transportadoras:
É necessário obter licenças, que são específicas para cada tipo de carga, de acordo com a região onde será realizado o transporte e o órgão municipal, estadual e/ou federal que controla determinado tipo de substância. Dentre elas, podemos citar:
Polícia Federal:
Autorização de transporte de produtos químicos através da Divisão de Controle e Fiscalização de Produtos Químicos (DCPQ)
Polícia Civil:
Alvará para transporte e depósito de cargas perigosas.
Exército:
É necessário obter uma autorização específica do exército para transporte de armas, munições e explosivos.
IBAMA:
Em casos de transporte de substâncias perigosas para o meio ambiente.
LETPP (Licença Especial de Trânsito de Produtos Perigosos):
Licença específica para transporte de carga perigosa dentro do município de São Paulo. Válida por um ano, deve ser tirada para cada veículo, e não por empresa/transportadora/motorista. Para saber se uma transportadora possui uma LETPP válida, é necessário fazer uma requisição fundamentada encaminhada ao Diretor do Departamento e Operação do Sistema Viário (DSV).
Durante o transporte da carga, tanto de container quanto de carga solta, todo veículo deve ser devidamente identificado com rótulos de risco e painéis de segurança. Os painéis de segurança são retangulares e de cores laranja, contendo o número ONU e o número de risco do produto a ser transportado.
Número ONU:
Trata-se de um número composto por quatro algarismos, que deve ser fixado na parte inferior do painel de segurança, servindo para a identificação de uma determinada substância ou artigo classificado como perigoso.
Número de Risco:
São os números que indicam a categoria e a intensidade do risco, e são formados por dois ou três algarismos. A relevância do risco é registrada da esquerda para a direita. Os algarismos que compõem os números de risco têm o significado de acordo com sua classe de risco.
Exemplo:
Classe de Risco: 9
Classe: Substâncias Perigosas Diversas
Nº de Risco: 99
Nº ONU: 3257
Descrição: Líquido a Temperatura Elevada, a 100ºC ou mais (incluindo metais fundidos, sais fundidos, etc.)
Os rótulos de segurança são em formato de losango, onde estão estipulados os símbolos gráficos e sua respectiva cor, que corresponde à classe do produto. Ao todo são 9 classes, algumas delas divididas em subcategorias. Na tabela abaixo é possível identificar todas elas:
Classificação | Placas de Risco |
Classe 1 Explosivos |
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Classe 2 2.1 Gases Inflamáveis; 2.2 Gases Não-Inflamáveis; 2.3 Gases Tóxicos |
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Classe 3 Líquidos Inflamáveis |
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Classe 4 4.1 Sólidos Inflamáveis; 4.2 Sujeitas à combustão espontânea; 4.3 Em contato com a água emitem gases inflamáveis |
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Classe 5 5.1 Substâncias Oxidantes; 5.2 Peróxidos Orgânicos |
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Classe 6 6.1 Substâncias Tóxicas; 6.2 Substâncias Infectantes |
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Classe 7 Material radioativo |
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Classe 8 Substâncias corrosivas |
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Classe 9 Substâncias e Artigos Perigosos Diversos |
É importante que a sinalização de containers, baús e carretas seja adequada, de forma a garantir a segurança da carga, do motorista e de terceiros durante todo transporte da mesma.
Fonte: Rodoquick
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